Verdade "A resposta do vereador Rômulo para Nelho"

“E não podiam resistir à sabedoria e ao espirito com que falava.”  (Atos, cap. 6, vers. 10)

Terça - Feira, 03 de Fevereiro, 16.45min, o vereador Nelho Bezerra entra pela porta dos fundos da casa do povo, traz em uma das mãos o paletó, na outra, feito bandeira a tremular ao vento, a última edição da revista Veja.

Proferindo raivoso esta ameaça:

_ Agora vão tudo pra cadeia, Lula, Dilma! Os empresários já estão lá e vão delatar o restante.

Eu, o último dos “Moicanos “, estava ali sentado, com uma coluna escrita para aquela ocasião, há primeira sessão da nova mesa diretora, com o título, Ressureição. Respondi a altura:

_ Papel por papel, leia a minha coluna, traz mais verdades.

Já no Pleno, durante o pequeno expediente, quis atropelar o andamento da sessão, forçando um discurso improprio para aquele momento:

_ Parece que estamos num outro mundo! Ninguém aqui ouviu falar no rombo na PETROBRAS!?

Sendo interrompido pelo Presidente da mesa, Rubenildo Cadeira, que lhe lembrou, o inconveniente, do momento. Calou-se, não sem antes, proferir esta ameaça:

_ Você não me aguenta, me espere no grande expediente.

Na manhã de domingo, 01 de Fevereiro, durante o sermão do padre, na Catedral de São José, o tema escolhido foi justamente este, quando o senhor Jesus ordena há um espirito imundo, que se cale, quando este sai a dizer verdades:

_ Que queres de nós, Jesus Nazareno? Vieste para nos destruir? Eu sei quem tu és: Tu és o Santo de Deus.

Ora o demônio é o pai da mentira, e dizendo verdades, naquele momento, queria apenas confundir o povo, por isto, o Senhor ordenou, que cala-se.

A democracia vitoriosa na pátria brasileira, a quase quatro décadas, não poderá ir contra os princípios fundamentais de um imprensa livre. Daí, a necessidade do PT, no governo Federal a 13 anos, suportar as quimeras, criadas por esta mídia de Direita, que cortam verdades e aprumam mentiras, com o poder da “grande” imprensa, com o intuito único, de confundir o povo, numa tentativa de voltar ao poder, onde sempre aplicou a famosa política do PPP: Com Pobre, Preto e Puta, só pano, pão e peia. Nada, nem ninguém, tirará da memória do João Sem Nome, os benefícios sociais alcançados pela classe trabalhadora, nos últimos 12 anos.

Já no grande expediente, o vereador Nelho Bezerra, fez o seu velho e conhecido discurso, contrário ao governo petista. Na oportunidade, respondendo ao vereador Mario Rodrigues, que afirmou ser estranho a necessidade de tantos prédios alugados pelo Executivo Municipal, há pessoas próximas ao Dep. Estadual Agenor Neto, além, da eterna reforma da Prefeitura, insinuou:

_ O Vereador Rômulo Fernandes, também tem prédios alugados a esta administração.

Fiquei ali, a interrogar aos céus, porque também eu, como o menor dos filhos de Jessé, também não tive ainda, o meu direito, de defender os meus, naquele pleno. Lembraria um passado de lutas da jovem guerrilheira Dilma Rousseff, de armas em punho, contra a ditadura militar, o seu momento maior, quando Chefe da Casa Civil, peitou toda a direita, representada ali no Congresso, pelo Senador Agripino Maia:

_ A Senhora mentiu, quando presa!

_ Menti senhor Senador, naquele momento, para salvar vidas, de muitos companheiros de luta pela liberdade. E é bom, sempre lembrar, que também lá, estávamos em lados opostos.

Contaria então a todos, que em tempos que vão longe, logo após a conclusão do mundo, os maus espíritos, saíram atrás de armas de conquistas, que lhe permitissem, chegar primeiro, em qualquer lugar onde se fosse travar a luta do bem contra o mal. A ganancia, a traição, a mentira, a prepotência, a arrogância, muniram-se de asas velozes. A justiça, a bondade, a misericórdia, a caridade, a sabedoria, nada buscaram como armas de conquistas, pois sabiam que cedo ou tarde, triunfariam. A verdade, fiada em si mesma, contam os antigos sábios, foi morar no fundo de um poço. Daí, o que aconteceu, e acontece de comum todo o tempo, primeiro chega a mentira, com suas asas velozes, só o tempo, trará a verdade, meu Senhor.

Em meio a tanta filosofia, fui trazido ao pleno, pelas palavras de altivez, proferidas por um só, dos soldados da nossa generalíssima Dilma Rousseff. O Vereador petista, Rômulo Fernandes:

_ Nelho Bezerra, você é um mentiroso, um enxerido, um provocador. Esta casa não terá paz, enquanto você estiver aqui dentro. Você é um bandido! O roubo que você fez aqui. Quem era para estar na cadeia era você Nelho. Vem enganando a população a seis mandatos, infelizmente o povo não analisa em quem vota. Você não compra um quilo de farinha fiado, no Iguatu, por que não tem quem lhe venda.

Quando voltei os olhos, buscando a reação do vereador Nelho Bezerra, as cadeiras da bancada do prefeito, estavam todas vazias. O Nelho havia corrido, seguido de todo o exército adversário.

Lembrei o sitio feito a Leyde, pelo exército do Duque de Alba, onde este convidou Guilherme de Orange, a entregar a cidade, sobre a alegação de que a fome lavrava dentro dos seus muros:

Quando mais nada houver para nos alimentarmos _ Respondeu o Capitão indomável_ Comeremos o nosso braço direito, mas ficaremos com a esquerda, para combater até a vitória ou a morte!

É este o dever de todo filiado petista, nesta hora de assombro da Pátria. Parabéns ao Rômulo Fernandes!!!

Tenho Dito.

Cícero Correia Lima.


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